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JSON

Layer: Nutrientes (ID: 6)

Parent Layer: Dados

Name: Nutrientes

Display Field: NM_NAVIO

Type: Feature Layer

Geometry Type: esriGeometryPoint

Description: A síntese reúne uma série de informações técnico-científicas produzidas desde 1960 até o presente. As informações foram coletadas principalmente na consulta aos órgãos estaduais e federais, nas bibliotecas das universidades e instituições de pesquisa, via Internet ou através da Plataforma Lattes/CNPq. A maior parte delas foi encontrada em artigos científicos, relatórios, teses e dissertações, desenvolvidas com dados obtidos pelos grandes projetos de pesquisa realizados na plataforma amazônica.Estudos sobre a dinâmica dos nutrientes, dos processos biogeoquímicos e da geoquímica isotópica reúnem o maior número de publicações.Os principais resultados destacam o comportamento sazonal dos silicatos, fosfatos, nitratos e a influência inorgânica e da atividade biológica (principalmente diatomáceas) nos processos de remoção desses constituintes na coluna d’água. Os fluxos de nutrientes garantem grande produtividade primária para as águas estuarinas, cujas concentrações químicas são reguladas pelos processos biogeoquímicos atuantes em cada compartimento do estuário amazônico. Uma parte da sílica (como sílica biogênica) forma minerais aluminossilicatos (autigênicos) ricos em Fé e K no sedimento e fundo; as concentrações de fósforo são controladas por suas ligações com o material particulado, associado a hidróxidos de ferro, óxidos de alumínio e a matéria orgânica; o nitrato é a forma de nitrogênio inorgânico dominante, quase todo ele fornecido pelo rio Amazonas. Uma quantidade significativa de carbono e nitrogênio é fixada no substrato, outra parte é exportada para o oceano. A influência de descarga do rio Amazonas e do rio Pará sobre o comportamento dos nutrientes das águas oceânicas foi registrada nas décadas de 60 e 70, em diferentes condições sazonais, nos trabalhos de Ryther et al. (1967); Magliocca (1971) e Gibbs (1972), dentre outros – registra-se ainda, na década de 80 (março a junho/82), a realização RIO PARÁ I, cujo objetivo foi obter dados oceanográficos básicos, informações maregráficas e correntométricas na região próxima a desembocadura do rio Pará. Ryther et al. (op. cit.) apresentaram os dados da expedição ATLANTIS II, com interessante discussão sobre a influência das águas doces do rio Amazonas na distribuição e configuração das isolinhas de salinidade das águas superficiais oceânicas. Em comparação com águas oceânicas, os autores observaram a diminuição dos teores de nitrato, fosfato e organismos fitoplantônicos e o considerável aumento da concentração de silicatos. De acordo com Magliocca et al. (op. cit.), os rios Amazonas e Pará carregam grande quantidade de sedimentos em suspensão, contendo P inorgânico, cujas concentrações diminuem devido à sedimentação (diminuição da turbidez), acarretando um aumento no consumo de P nos primeiros 5m da coluna d’água, de maior penetração de luz. De Master et al. (1991) e De Master & Pope (1996) apresentaram os resultados obtidos pelo projeto AMASSEDS com dados sobre os nutrientes: silicato, fosfato, nitrato, nitrito, amônio e uréia. As concentrações desses elementos são relativamente constantes, apresentando um aumento biológico aparente; o nitrato é a forma do nitrogênio inorgânico dominante na zona de mistura rio-oceano, apresentando as maiores variações sazonais. Fora da zona de mistura a atividade biológica reduz as concentrações de nitrato ao nível dos teores do amônio, nitrito e uréia. Aproximadamente 83% do silicato, 62% do nitrato, a metade do fosfato e 1/5 do amônio provêm do rio. Segundo De Master & Pope (op. cit.), menos de 4% do silicato transportado pelo rio Amazonas e, aproximadamente 10% do nitrogênio inorgânico disponível e menos de 3% do fosfato são assimilados pelo sedimento de fundo. Santos (2000), Santos et al. (2000, 2001, 2002, 2005), Saraiva et al. (2003) e Eschirque et al. (2003), interpretando dados do projeto REVIZEE, também consideram a influência das águas fluviais dos rio Amazonas (no período de máxima descarga) e Pará na diminuição da salinidade das águas costeiras e as altas concentrações dos nutrientes inorgânicos dissolvidos (nitrato, fosfato e silicato), destacando-se o silicato. Siqueira et al. (2003) e Siqueira (2004) no âmbito do programa REVIZEE apresentam dados de nutrientes inorgânicos (silicatos e fosfatos) e parâmetros físico-químicos sob influência dos rios norte entre os cabos Orange (AP) e Maguari (PA). Os resultados obtidos confirmam estudos anteriores e ratificam as apreciáveis influências de aportes de águas fluviais originadas do sistema amazônico. Para Gibbs (1967) e Devol et al. (1995), a composição elementar do rio Amazonas (antes da mistura estuarina) é controlada primariamente pela geologia de diferentes bacias e pelos processos intempéricos atuantes nas sub-bacias. As concentrações de cátions e ânions relacionam-se principalmente à geologia andina e às rochas ácidas e solos delas derivados, os quais são percoladas pelo rio. Segundo Gibbs (op. cit.), Stallard & Edmond (1983) e Devol et al. (op. cit.), rio abaixo das concentrações diminuem, diluídas por águas de baixa intensidade iônica provenientes das terras baixas; as concentrações químicas variam com a sazonalidade da região.Gibbs (1972), com base em dados atualizados de descarga e amostragens sazonais obtidas próximo à cidade de Macapá-AP, apresenta importante contribuição sobre a química das águas do rio Amazonas, indicando um novo cálculo (62ppm) para a concentração média de sais dissolvidos nos rios da América do Sul; o autor determinou as concentrações de Ca, Mg, Na, K, Fé, além de NO3-, SO4-, Si, Al, HCO3- e Cl-. Seus principais resultados indicaram concentrações relativamente constantes para Si, Mg e Cl-; os demais elementos variam no ciclo sazonal com a descarga do rio Amazonas. Para Sholkovitz et al. 1978 e Sayles & Mangelsdorg (1979), Fe, K, mg, e Na podem ser removidos das águas por processos inorgânicos, porém para Sholkovitz & Price (1980), a maioria das espécies químicas como Si, P, Ca, Mg, Ti e Mn é removida pela atividade biológica associada ao crescimento de diatomáceas. Para Edmond et al. (1981) espécies químicas como C, N, P e Si podem ser liberadas por remineralização em águas profundas.

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Copyright Text: Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES)/ Universidade Federal Fluminense (UFF)/ Universidade Federal do Pará (UFPA) / Centro de Excelência Ambiental da Petrobrás na Amazônia (CEAP Amazônia) / Banco Nacional de Dados Oceanográficos (BNDO). Rine, J. M.; Nittrouer, C. A. Report of Field Measurements and Sampling During, 31-Jan-90. Amasseds Cruise I - CI8909 (28 july to 9 september 1989) Rine, J. M.; Nittrouer, C. A. Report on Field Measurements and Sampling During AmasSeds Cruise III - CI9004 (23 April to 6 July 1990). 1990. Technical Report. Marine Science Research Center, State University of New York. Stony Brook, New York.137p. Rine, J. M.; Nittrouer, C. A. Report on Field Measurements and Sampling During AmasSeds Cruise II - CI9002 (27 January to 7 April 1990). Nittrouer, C. A.; Mvterman M. A. Report on Field Measurements and Sampling During AmasSeds Cruise IV -CI9113. Compiled at Marine Sciences Research Center State University of New York Stony Broook, New York 11794-5000. A Multi-disciplinary Amazon Shelf Sediment Study - 11October to 6 December 1991.

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